AOS NOSSOS VISITANTES

Este Blog foi criado para todos aqueles Amigos que tem uma de suas paixões voltadas para a Astronomia e seus correlatos: Astrofísica, Astronáutica. Agradecemos a todos os que nos visitarem e nos brindarem com seus comentários e sugestões.
Sejam bem-vindos.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

"FOTÓGRAFOS"  DO UNIVERSO.
= Parte 3 =


AS SONDAS ESPACIAIS.


     A tenacidade, beirando a obsessão, ainda que pese esta não atingir os níveis da psicopatologia, levou os cientistas (astrônomos e técnicos) dedicarem-se a dias e noites ao estudo cada vez do Espaço, do Universo, alimentados pelas descobertas de Galileu, Newton, Einstein.

      Vivíamos a famigerada ( e já, felizmente, enterrada) "Guerra Fria".  De um lado a URSS, do outro os EUA.  Cada um defendia sua "lógica"  política-social: comunismo, capitalismo.  Como se fora isso o divisor das águas.

      Nesse afim doentio a URSS chegou à "frente",  lançando em surpresa o satélite artificial SPUTNIK,  marco da primeira SONDA ESPACIAL.
Imagem Sputinik.  Fornecida pelo Centro de Pesquisa da Rússia, após o fim da "Guerra Fria".

SPUTNIK.1

     Sputnik (Спутник - Satélite), foi o nome do programa que produziu a primeira série de satélites artificiais soviéticos, concebida para estudar as capacidades de lançamento de cargas úteis para o espaço e para estudar os efeitos da ausência de peso e da radiação sobre os organismos vivos. Serviu também para estudar as propriedades da superfície terrestre com vista à preparação do primeiro voo espacial tripulado.



 O  Sputnik 2, lançado ao espaço em 3 de novembro de 1957, pesando 543,5 kg, enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. Dados biológicos do animal foram monitorados durante uma semana. Sobre como a cadela
A cadela Laika. Imagem fornecida pelo Centro de Pesquisa da Rússia, após térmico da "Guerra Fria".

teria morrido, a versão da época teria sido em uma semana por falta de oxigênio, conforme comunicado pelo Governo Soviético. Anos mais tarde, no entanto, os cientistas revelaram que ela morreu poucas horas depois do lançamento, em pânico, devido ao super-aquecimento da cabine.


Sputnik 4

A Sputnik 4 (também chamada Korabl-Sputnik 1) foi lançada ao espaço em 15 de maio de 1960. Sua carga de 4.540 kg era espetacular para a época, e representava um passo importante na preparação da URSS para colocar um homem no espaço. A cabine continha um manequim humano em tamanho natural. Uma falha nos retrofoguetes impediu a reentrada da nave de forma controlada na atmosfera terrestre.

Sputnik 5

Finalmente, a Sputnik 5 (também chamada Korabl-Sputnik 2), a última missão Sputnik, foi lançada ao espaço em 19 de agosto de 1960 com os cachorros Belka e Strelka, quarenta camundongos, dois ratos e diversas plantas. A espaçonave retornou a Terra no dia seguinte e  todos os animais foram recolhidos a salvo. A missão testou a possibilidade de enviar seres vivos ao espaço e retorná-los com vida. Foi estudada a adaptação posterior dos animais à ausência de gravidade.
     
Ainda houve três missões chamadas Korabl-Sputnik 3, Korabl-Sputnik 4 e Korabl-Sputnik 5, que representaram os últimos esforços pré-Vostok (a espaçonave que levou Yuri Gagarin ao espaço, e que passou a ser a primeira geração de naves tripuladas da URSS). 

Yuri Gagarin  antes do lançamento da Vostok  Imagem cedida pela Rússia, após térmivo da "guerra Fria".

Programa Vostok



Vostok (Oriente),  designa o conjunto de missões espaciais tripuladas executadas pela agência espacial soviética no período de 1961 até 1963, que usavam uma espaçonave com capacidade para um cosmonauta em órbita da Terra. A nave espacial usada no projeto era também chamada de Vostok.



Espaçonave Vostok


      A nave Vostok tinha um comprimento total de 4,4 m e diâmetro máximo de 2,4 m, com um peso total de 4.730 kg.  Era formada por dois módulos: a cápsula de reentrada (onde ficava o cosmonauta) e o módulo de equipamentos que continha os instrumentos, antenas, propelente, e outros equipamentos.  Os motores de retrofoguetes da Vostok possuiam um empuxo de 15,83 kN e usavam como propelente o óxido nitroso.  A nave possuía um formato esférico, com peso em apenas um lado, o que já garantia o posicionamento correto para a reentrada, sem a necessidade de manobras, já que a nave não era manobrável.  Ela possuía acomodação para um cosmonauta em traje pressurizado, com assento ejetável.  A nave possuía duas janelas, uma sobre a cabeça do cosmonauta, outra em seus pés equipada com dispositivo ótico de orientação (o dispositivo ótico Vzor).  A orientação da nave (altitude) era obtida por meio de jatos de gás frio.  A Vostok não tinha sistemas de orientação com giroscópios, mas apenas um sistema primitivo, semelhante a um relógio, que indicava a posição da nave sobre o globo terrestre.
Imagem fornecida pelo Centro de Pesquisa da Rússia, após término da "Guerra Fria".
 A nave possuía um pára-quedas para descida após a reentrada, embora o cosmonauta tivesse o seu próprio (durante a queda da nave, o cosmonauta saltava da nave e descia usando o seu próprio pára-quedas).

O Projeto Vostok consistiu de seis missões:



Vostok 1 - (12 de abril de 1961)  - Yuri Gagarin
    - Esta missão colocou o primeiro ser humano no espaço.
Yuri Gagrin no voo da Vostok  Imagem fornecida após o término da "Guerra Fria". 

A missão foi lançada do Cosmódromo de Baikonur e executou uma órbita da terra na altitude de 315 km. A carga da nave incluia equipamento de suporte a vida, rádio e televisão para monitorar as condições do cosmonauta. Nesta missão, Gagarin proferiu a famosa frase: "A Terra é azul!". O vôo foi totalmente automático, sendo que o painel estava travado e Gagarin possuía uma chave em um envelope fechado caso houvesse necessidade de tomar o controle manual da nave. O módulo de equipamentos da espaçonave não se separou da cápsula ao final da missão, por algum problema técnico, e acabou provocando uma situação crítica, ao se queimar na reeentrada.
A Vostok logo a sua descida por paraquedas em Baikonur  Imagem fornecida após o término da Guerra \Fria.
Gagarin ejetou após a reentrada e desceu usando um pára-quedas próprio, como planejado, embora a URSS tenha negado isto por anos por medo que o vôo não fosse reconhecido pelas entidades internacionais, já que o piloto não acompanhou sua espaçonave até o solo.
A Vostok após a retirada de Yuri Gagarin, incendia-se. Imagem fornecida pela Rússia, após término da "Guerra Fria".


Vostok 2 - 6 de agosto e 7 de agosto de 1961 - Gherman S. Titov - Esta missão bateu o recorde de permanência no espaço. Titov foi o primeiro cosmonauta a sentir enjôo no espaço. A nave estava equipada com equipamento de suporte de vida, rádio e televisão para monitorar as condições do cosmonauta, gravador de fita magnética, sistema de telemetria, equipamentos biológicos, e equipamento de controle manual e automático. A missão executou 17,5 órbitas na Terra, e assim como Gagarin, Titov desceu usando seu próprio pára-quedas. A missão investigou os efeitos da falta de gravidade por longo tempo no organismo humano, e a habilidade do homem de trabalhar na ausência de gravidade. Diferente de Gagarin, Titov tomou o controle da nave. O problema ocorrido no vôo da Vostok 1 com o módulo de equipamentos voltou a ocorrer.

Vostok 3 - 11 de agosto até 15 de agosto de 1962 - Andrian Nikolayev - Foi o primeiro vôo conjunto de duas espaçonaves (com a Vostok 4). As naves foram lançadas em dois dias seguidos e estiveram a poucos quilômetros uma da outra, embora um rendez-vous e acoplagem estivesse fora de questão, já que a Vostok não possuía capacidade de manobras.

Vostok 4 - 12 de agosto até 15 de agosto de 1962 - Pavel Popovich - A missão foi conjunta com a Vostok 3, permitindo experimentos de comunicação entre as espaçonaves. Popovich teve problemas com seu sistema de suporte de vida, com queda da temperatura e redução da humidade do ar, embora estas condições não tenham prejudicado a missão, que só retornou um dia antes que o planejado devido a um mal entendido da base de controle da missão sobre as condições de saúde de Popovich.

Vostok 5 - 14 de junho até 19 de junho de 1963 - Valery Bykovsky - Esta missão fez um vôo conjunto com a Vostok 6, tendo ficado a apenas 5 km desta, permitindo comunicação de rádio entre as duas naves. A missão tinha sido planejada para um recorde de oito dias em órbita, no entanto, problemas de atividade solar combinados com falhas técnicas apressaram o retorno. Bykovsky sofreu com um problema não especificado de seu sistema de lixo, que tornou as condições da cabine "muito inconfortáveis". Houve problemas de temperatura no módulo de equipamentos e ocorreu novamente o problema com o módulo de equipamentos na reentrada.

Vostok 6 - 16 de junho até 19 de junho de 1963 - Valentina Tereshkova
Valentina Tereskhkova, primeira astronauta.  Imagem fornecida pelo Centro de Pesquisa da Rússia, após término da chamada "Guerra Fria".
- Esta missão, que foi conjunta com a Vostok 5, levou a primeira mulher ao espaço, feito que se repetiria apenas 19 anos depois com Svetlana Savitskaya. Um dos objetivos da missão conjunta era comparar os efeitos do vôo espacial nos organismos do homem e da mulher. Um dos problemas da missão foi que diversas vezes ela recusou-se a responder o chamado por rádio da base de comando. Korolev, o chefe da missão, não ficou contente com o desempenho de Valentina e não permitiu que ela tomasse o controle manual da nave, como havia sido planejado.
As missões Vostok foram muito bem sucedidas em preparar a evolução posterior das naves espaciais e em determinar os limites e dificuldades que o homem encontraria no espaço exterior.



Corrida espacial


A missão Sputnik 1, junto com o vôo de Yuri Gagarin no Vostok 1, teve um impacto profundo na história da exploração espacial, foram os eventos que desafiaram os estadunidenses e foram a gota d'água para o lançamento do programa espacial dos Estados Unidos objetivando alcançar a Lua.

O Sputnik provou duas coisas importantes. Em primeiro lugar que era possível colocar em órbita um artefato

humano, e em segundo lugar, e mais importante, que era possível colocar seres vivos no espaço, inclusive humanos.


1. MISSÃO LUA



Imagem da lua pela sonda \Mercury (NASA)



Projeto Apollo


     Os projetos Mercury, Gemini e Apollo foram uma resposta dos Estados Unidos à URSS, por esta ter posto o satélite Sputnik 1 em órbita e, logo em seguida, ter posto em órbita o primeiro humano, Yuri Gagarin. Em um famoso discurso de 25 de maio de 1961, John F. Kennedy lançou o desafio de, antes de a década terminar, "enviar homens à Lua e retorná-los a salvo".
     
      Em um famoso discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis").

Neil A. Armstrong inicia sua descida ao solo lunar. (NASA)
     O Projeto Apollo (Projecto Apolo) foi um conjunto de missões espaciais coordenadas pela Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) entre 1961 e 1972 com o objetivo de colocar o homem na Lua. O projeto culminou com o pouso da Apollo 11 no solo lunar em 20 de julho de 1969.


Neil A. Armstrong iniciar pisar o  solo lunar. (NASA)


        Neil A. Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, imortalizou o momento, resumindo muito do que foi o projeto Apollo, na famosa frase: "um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade".Neil A. Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, imortalizou o momento, resumindo muito do que foi o projeto Apollo, na famosa frase: "um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade".
Marca de um dos pés de Armstrong em solo lunar. (NASA)
Armstrong observa um dos "pés" do módulo de pouso no solo lunar. (NASA)

      Não há dúvida que a política internacional e a guerra fria tiveram uma grande importância na corrida pela conquista da Lua, e que os esforços de ambos os lados, Estados Unidos e URSS, tinham principalmente o objetivo de derrotar o lado adversário, "provando" a superioridade de um dos sistemas, capitalista ou comunista. No entanto, ao final, os resultados do projeto foram positivos para a exploração espacial, principalmente ao desvendar muito da origem de nosso sistema solar.

       A missão incluiu onze voos tripulados (até a Apollo 7, todas as missões foram não tripuladas). Inclui-se aí o que ficou conhecido como "Apollo 1", em homenagem aos astronautas Virgil "Gus" Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee, que morreram no solo em um incêndio, dentro da cabine de comando.
       
       O objetivo de explorar a Lua foi abandonado em dezembro de 1972, com o voo da Apollo 17. Os motivos para esta decisão foram tanto a falta de verbas, cortadas pelo Congresso americano, quanto o desinteresse da opinião pública estadunidense com o projeto. Ainda que tenha havido três missões tripuladas Skylab que usaram a nave Apollo e uma missão Apollo 18 (Apollo-Soyuz), estas não tinham como objetivo chegar à Lua.

       A única missão que tinha por objetivo pousar e não o fez foi a Apollo 13, devido a um acidente grave, provavelmente provocado por um curto-circuito seguido de uma explosão e um vazamento nos tanques de oxigênio, o que levou a um retorno tenso e espetacular à Terra, mas exitoso, com um mínimo de oxigênio remanescente.


       As 2 200 pedras trazidas pelas seis missões Apollo que pousaram na superfície da Lua (representando cerca de 400 kg de rochas) permitiram descobrir 75 novas variedades de minerais (a maioria de silicatos).
Comandante da Apollo 11, analisando amostra colhida na \lua; (NASA)

David Scott, comandante da Apollo 17 efetua perfuração. (NASA)
James Irwin, piloto do módulo lunar da transporta pedras colhidas no solo lunar. (NASA)
Algumas das pedras recolhidas ao longo das missões Apollo. (NASA)

       No total, foram feitas onze missões tripuladas no projeto Apollo, e seis delas pousaram na Lua, no total de doze astronautas que caminharam no solo lunar e lá fizeram experimentos científicos.
   
      Um dos marcos no Projeto foi o envio de naves que conduziram rovers para melhor realização do solo lunar.
O comandante David Scott, da Apollo 17 saúda a bandeira americana. (NASA)
James Irwin da Apollo 17 pilota o jipe lunar. (NASA)

       Desde a missão Apollo 17, em dezembro de 1972, nenhum homem pisou no solo lunar, e muitas das descobertas científicas que poderiam ter sido feitas ficaram adiadas para quando houvesse novamente interesse em desvendá-las.
      
É importante lembrar que ainda houve quatro vôos que usaram a nave Apollo: Skylab II, III e IV (três missões cujo objetivo era trabalhar na estação espacial estadunidense Skylab) e Apollo 18 (que acoplou com a nave soviética Soyuz 19 e, por isto ficou conhecida como missão Apollo-Soyuz).


2. MISSÃO MARTE


Programa Viking

O programa Viking consistiu de um par de sondas espaciais americanas enviadas a Marte, a Viking 1
Sonda espacial Viking 1 (NASA)
 e a Viking 2.
Sonda espacial Viking 2  (NASA)
       Cada veículo era composto de duas partes principais, uma projetada para fotografar a superfície a partir de órbita, e outra para estudar o planeta na superfície. A Viking 1 foi lançada em 20 de agosto, e a Viking 2, no dia 9 de setembro de 1975, ambas através de foguetes Titan III-E . 
      
        Os orbitadores, baseados na Mariner 9, foram criados na forma de um octágono de aproximadamente 2,5 m de diâmetro e massa total de lançamento de 2328 kg, dos quais 1445 kg eram carburante e gás de controle de atitude. Os objetivos principais dos orbitadores Viking foram  a realização do reconhecimento de locais de possível pouso para a exploração futuras explorações do solo marciano através dos  landers (veículos de solo). pesavam cerca de 650 kg, incluindo combustível e equipamentos para estudos biológicos, químicos, geológicos, meteorológicos e outros, além de enviarem mais de 57 mil fotografias da superfície marciana.
Superfície de Marte. Imagem captada pela Viking 1 / NASA
    
Imagem da superfície de Marte pela Viking 1 / NASA
Imagem da superfície de Marte, mostrando rios. Viking 1 / NASA


Imagem da superfície de Marte.  Rio com possível ilha. Viking 2. / NASA
Montanha em Marte, com erosão causada por um rio. Imagem captada pela Viking 2 / NASA
Formação de tempestade areia em Marte. Imagem captada pela Viking 2 /  NASA

        Foi a missão mais cara e ambiciosa já lançada para Marte, com um custo total de cerca de 1 bilhão de dólares.2 Foi muito bem sucedida e formou a maior parte do corpo de conhecimento sobre o planeta através da década de 1990 e início de 2000.

       A Viking foi uma das mais bem-sucedidas missões da NASA, a primeira a fazer pousar e operar um artefato humano na superfície de outro planeta, apenas dezenove anos depois do lançamento do primeiro satélite terrestre artificial, mas teve um alto custo, mais de um bilhão de dólares na época. Ao descobrir muitas formas geológicas que geralmente são produzidas pela movimentação de grandes quantidades de água, o programa Viking causou uma revolução nas ideias científicas sobre a água em Marte. As sondas causaram também uma revolução no imaginário sobre Marte, que depois da extensa documentação fotográfica, já não era mais o lugar misterioso da ficção científica, tornando-se por outro lado um vasto campo para novos estudos.
       
       Cada veículo era composto de duas partes principais, uma projetada para fotografar a superfície a partir da órbita de Marte , e outra para estudar o planeta na sua superfície.
       
        A Viking 1 foi lançada em 20 de agosto, e a Viking 2, no dia 9 de setembro de 1975, ambas através de foguetes Titan III-E     . Os orbitadores, baseados na Mariner 9, foram criados na forma de um octágono de aproximadamente 2,5 m de diâmetro e massa total de lançamento de 2328 kg, dos quais 1445 kg eram carburante e gás de controle de atitude. Os objetivos principais dos orbitadores Viking foram o transporte das sondas de superfície a Marte, a realização do reconhecimento de locais de possível pouso, a atuação como ponte de comunicação para as sondas de superfície e a realização de suas próprias investigações científicas. Os landers (veículos de solo) pesavam cerca de 650 kg, incluindo combustível e equipamentos para estudos biológicos, químicos, geológicos, meteorológicos e outros, além de enviarem mais de 57 mil fotografias da superfície marciana.

        Foi a missão mais cara e ambiciosa já lançada para Marte, com um custo total de cerca de 1 bilhão de dólares.   Foi muito bem sucedida e formou a maior parte do corpo de conhecimento sobre o planeta através da década de 1990 e início de 2000.

        Ao descobrir muitas formas geológicas que geralmente são produzidas pela movimentação de grandes quantidades de água, o programa Viking causou uma revolução nas ideias científicas sobre a água em Marte. As sondas causaram também uma revolução no imaginário sobre Marte, que depois da extensa documentação fotográfica, já não era mais o lugar misterioso da ficção científica, tornando-se por outro lado um vasto campo para novos estudos. A maior frustração do programa, porém, foi para aqueles que esperavam encontrar alguma evidência de vida em Marte. Nada foi encontrado que provasse isso conclusivamente, mesmo que no início das análises, obtendo alguns dados intrigantes, a esperança tenha se mantido.

        A persistência em detectar formas de vida ainda que um estágio primário levou a comunidade científica a desenvolver projetos mais ambiciosos que resultaram no envio de veículos  de exploração da superfície do planeta.  (Mars Rover)



Mars Global Surveyor


Sonda Mars Global Surveyor em órbita de Marte.


      A Mars Global Surveyor, lançada em 7 de novembro de 1996,  representou o regresso ao planeta Marte após quase duas décadas de ausência (as sondas Viking foram lançadas em 1975 e 1976 ) e constituiu-se em um dos maiores sucessos na exploração espacial. A sua missão primária foi a observação e cartografia da superfície marciana em preparação às missões seguintes e teria uma duração de um ano marciano (equivalente a cerca de 2 anos terrestres). Em 2005 ao atingir uma década em orbita de Marte, a missão  enviou para a Terra mais informação do que todas as outras missões juntas, excetuando-se a sonda Magellan, enviada a Vênus.


      A sonda entrou em órbita de Marte a 12 de Setembro de 1997. 
      

     A sonda em sua missão secundária que se iniciou em 2001, realizou um levantamento topográfico global da superfície marciana e descobriu evidências de que a superfície marciana possuiu, em tempos remotos, massas de água que deixaram a sua marca sob a forma de erosão de estruturas geológicas, como por exemplo na criação de canais.
Primeiras da Mars Global Surveyor, mostrando rios e canais na superfície marciana / NASA

Vale de um rio em Marte / NASA
Geleira em fundo de cratera / NASA
     
Dunas formadas pelo vento em Marte / NASA



      Em 2005 encontrava-se em órbita do planeta Marte simultaneamente com outras missões três da NASA e da ESA (Mars Exploration Rovers, Mars Odyssey e Mars Express) e em breve veria chegar outra missão (a Mars Reconnaissance Orbiter). Marte teve então, uma autêntica flotilha de sondas em órbita e na superfície.

   A  Mars Global Surveyor  obteve imagens de outras sondas em órbita do mesmo planeta e em Abril de 2005 fotografou a Mars Express e mais tarde a Mars Odyssey.






2001 Mars Odyssey







Sonda 2001 Mars Odssey / NASA


      2001 Mars Odyssey  foi uma sonda espacial não tripulada norte-americana, lançada pela NASA   em   7 de Abril de 2001 a bordo de um foguete Delta II a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral com a finalidade de estudar o planeta Marte.

     Após cerca de 200 dias de voo interplanetário a 2001 Mars Odyssey iniciou  a órbita de inserção em Marte através do auxílio dos seus propulsores (com uma queima de 20 minutos) e através da técnica de travagem aerodinâmica (durante 90 dias) colocou-se na sua orbita final, de 2 horas, em Abril de 2002.

      A missão primária da 2001 Mars Odyssey foi a de realizar um levantamento global do clima marciano e a possível existência de água no presente ou passado por forma a avaliar a possibilidade da existência de vida no planeta.    

      Após a conclusão, com sucesso, da sua missão primária, a 2001 Mars Odyssey cumpriu objetivos ambiciosos, nomeadamente no auxílio à missão robótica na superfície do planeta (os dois rovers Spirit Opportunity).
      
      A sonda demonstrou a existência de fortes evidências de presença de água na superfície (ou mesmo por debaixo da superfície) e realizou estudos importantes sobre as estações marcianas.
Cratera com encostas glaciais / NASA


Canais de rios na superfície marciana / NASA
Elevações com formações de lagos / NASA
Lago congelado em Marte / NASA

A sonda, inicialmente denominada Mars Odyssey,  teve uma alteração de nome antes do seu lançamento devido em homenagem à novela 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke.





Mars Pathfinder


Lançamento da  Mars Phafinder  (NASA)


      Mars Pathfinder foi uma missão espacial norte-americana lançada em meados de 1996 que tinha como objetivo principal enviar o  robô  Sojourner para a superfície de Marte 
A sonda Pahfinder ainda órbita da Terra (NASA)
a fim de estudar melhor o planeta.
A sonda Patrhfnder em órbita de Marte (NASA)
      A Pathfinder (nave-mãe e módulo de pouso) usou um método inovador para entrar diretamente na atmosfera de Marte auxiliado por um pára-quedas supersônico, que reduziu sua velocidade de descida, e um conjunto de 24 airbags laterais para amaciar o impacto com o solo.

      O pouso foi em 4 de julho de 1997 na planície de Ares Vallis, no hemisfério norte de Marte. O local exato do pouso foi batizado de "Memorial Carl Sagan", em homenagem ao grande cientista e divulgador Carl Sagan (1934 até 1996).
O robô Sojourner após pouso (NASA)

Primeeira imagem do robô Sojouner após pouso /  NASA
      O robô explorador Sojourner passeou pela superfície de Marte recolhendo informações durante mais de um mês terrestre, no total foram obtidas 16.500 fotos a partir do módulo de pouso e 550 imagens do Sojourner.

O robô Sojourner iniciando sua exploração.1  / NASA
O Sojourner direcionando-se a sua primeira observação de uma pedra em Marte  / NASA

O Sojourner inicia estudo da primeira rocha em Marte / NASA


Imagem panorâmica de uma depressão marciana. / NASA

Sinais de clorofila reavivam esperança de vida em Marte


       Cientistas da Nasa encontraram evidências que reavivam a esperança de vida em Marte. 

        Dados obtidos pelo robô , robô Sojourner enviada ao planeta em 1997, sugeriram  a presença de clorofila no solo, próximo ao local onde a sonda-robô pousou. 


      (OBS:  A clorofila é usada pelas plantas e outros organismos na Terra para extrair energia do sol. )

       Pesquisadores ressaltam, entretanto,  que seu trabalho ainda está em estágio preliminar, e ainda é muito cedo para uma conclusão definitiva.   Apesar da falta de conclusões, a notícia atraiu a atenção da comunidade científica e deve causar polêmica quando for apresentada em uma conferência de astrobiologia nos Estados Unidos, após as evidências da sonda, o robô Sojourner.


Imagem panorâmica de uma região marciana. / NASA

      Uma análise detalhada das imagens revelou agora que em duas áreas próximas ao pouso,  sinais da presença de clorofila. 

     Foram feitas muitas imagens da área em volta do local de pouso. O robô Sojournerrecolheu amostras de rochas de Marte. 

     Carol Stoker, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, disse que sua equipe examinou as imagens de alta-resolução, produzidas pela câmera do robô Sojourner
Segundo os cientistas, região marciana rica em Clorofila. / NASA

      Pesquisas feitas pouco depois do pouso do robô Sojourner em Marte indicavam a possível presença de clorofila no solo do planeta.    Devido à natureza controvertida da possível descoberta de clorofila em Marte e ao fato de que a pesquisa está apenas começando, os cientistas optaram pela cautela e estão evitando fazer afirmações categóricas sobre o assunto. 
Outro detalhe de região marciana rica em Clorofila. / NASA

      Eles esperam recolher mais dados e submeter um estudo detalhado sobre o assunto a uma publicação científica.

       Maiores informações, e conclusivas sobre a vida em Marte, serão obtidas pela próxima missão do programa:  CURIOSITY, a ser lançada em caráter URGENTE.

     A missão Mars Pathfinder foi a segunda missão do programa de exploração espacial da NASA denominado de Programa Discovery. Que é um programa científico que estabeleceu metas para o desenvolvimento de missões de baixo custo para a pesquisa espacial.





Mars Science Laboratory


CURIOSITY 


      Mars Science Laboratory (MSL) é a designação de uma sonda espacial da NASA, lançada em 26 de novembro de 2011,
Preparativos para lançamento do Discovery, consigo: o orbitador  Odyssey e o robô Curiosity / NASA.
 levando em seu interior um veículo explorador batizado como Curiosity (em português, Curiosidade), um jipe robô semelhante aos veículos Spirit e Opportunity, utilizados na missão espacial Mars Exploration Rover para a exploração do planeta.  No entanto, diferente dos anteriores, o Curiosity é dotado de lentes de altíssima precisão com captação de imagens em Terceira Dimensão.  A nave que conduziu o Curiosity, e responsável pela sua descida, pouso e seu monitoramento foi a Odyssey.
O orbitador Odyssey, após superar a gravidade de Marte, faz descer o robô Curiosity. / NASA

      O pouso na superfície de Marte, mais precisamente na cratera Gale, ocorreu em 6 de agosto de 2012, a partir do orbitador ODYSSEY. Os principais objetivos do Curiosity incluem investigar a possibilidade da existência de vida em Marte (isto é, sua habitabilidade planetária), estudar o clima, a arqueologia e coletar dados para o envio de uma futura missão tripulada a Marte. 

      As primeiras fotos foram efetuadas em preto e branco e efetuadas com lente grande-angular que distorce a imagem para abarcar melhor o panorama. Todas as imagens foram  monitoresdas  pelo orbitador Odyssey
Primeira imagem da superfície marciana pelo Curiosity, ainda em P&B, com grande-angular  / NASA.

       A Odyssey, duas horas após o monitoramento do pouso do Curiosity, voltou a sobrevoar o local e passou a obter e remeter para o Centro de Controle em Huston imagens captadas pelo Curiosity  com maior definição e em terceira dimensão.
  
Ondas  congelas de oceano.  Imagem em terceira dimensão. / /NASA

    O Curiosity transporta os mais avançados instrumentos científicos já utilizados em Marte, possibilitando a esta missão realizar análises do solo marciano nunca antes registradas. A comunidade internacional foi a responsável pelo fornecimento da maioria dos seus instrumentos, não tendo sido portanto um projeto exclusivo dos Estados Unidos.


      HISTÓRICO.


      Em abril de 2004, a NASA solicitou à comunidade científica propostas de idéias de instrumentos científicos que pudessem ser instalados no Mars Science Laboratory. Oito propostas foram selecionadas em 14 de dezembro daquele ano. Os projetos e testes dos componentes também começaram a ser realizados ao final de 2004, incluindo um motor de propulsão de foguete desenhado pela empresa norte-americana Aerojet, originalmente construído e testado em 1973 para o programa Viking. O motor havia sido colocado em armazenamento após a aterrissagem bem sucedida das sondas Viking 1 e Viking 2 em Marte, em 1976.

       Inicialmente, o lançamento estava previsto para 2009, porém a NASA decidiu adiar para 2011 sob a alegação de que faltavam alguns ajustes finais que dariam mais segurança à missão. Havia ainda uma discussão sobre a possibilidade de serem lançados dois ou três veículos idênticos para Marte.
  
       Estima-se que o Mars Science Laboratory venha a ter uma massa de 600 kg (1.320 lb), incluindo 65 kg (143 lb) de instrumentos científicos; comparado com os veículos anteriores em Marte (Spirit e Oportunity), que têm uma massa de 187 kg (403 lb), incluindo 5 kg (11 lb) de instrumentos científicos.

       Adicionalmente, o robô Curiosity é capaz de vencer obstáculos com a altura de 76,0 cm (30 in) e tem a capacidade de vencer uma distância de 91,54 m (300 ft) em uma hora. Mas apenas é esperado que vença a distância de 30,5 m (100 ft) por hora, baseado-se em variáveis que incluem a energia disponível, a dificuldade em vencer o terreno, o escorregamento do solo e a visibilidade.

       Uma vez no solo de Marte, o robô Curiosity iniciou a análise de dezenas de amostras de solo e do núcleo das rochas em uma maior escala que os veículos anteriores, tendo como objetivo investigar o passado do planeta e consequentemente a possibilidade de que tenha suportado formas de vida. 

       O veículo MSL foi lançado por meio de um foguete espacial Atlas V. 

       O robô Curiosity tocou a superfície de Marte em 6 de agosto de 2012, as 05h31 min GMT, começando imediatamente a enviar imagens para a Terra e iniciando uma missão prevista para dois anos no planeta vermelho.


        A sonda de início já descobriu um leito antigo de rio no seu local de pouso, entre o norte da cratera Gale e a base do monte Sharp, uma montanha dentro da cratera. Trata-se de um conglomerado de cascalho transportado por um fluxo de água no passado. A Nasa calcula que o rio teria profundidade para que a água ficasse entre o tornozelo e o quadril de um adulto.
Riacho em Marte, uma das primeiras imagens do Curiosity. / NASA
  A forma  das predras indica que elas foram transportadas por longas distâncias e a quantidade de canais entre a margem e o depósito indica que o rio existiu por muito tempo. As observações começaram logo no início da missão, antes mesmo do pouso do Curiosity. Os cientistas descartam o transporte das pedras pelo vento:

Em sua continuidade de exploração o robô Curiosity tem documentado e enviado aos Centros Especializados de Pesquisa, criados especialmente para análise das imagens e dados coletados pelo robô, milhares de imagens e dados de Marte.   A NASA tem divulgado as imagens e os dados aos meios de comunicação, após criteriosa análise.
Dois rios marcianos: um ferruginoso, o outro com águas não ferruginosas /NASA


Cratera com lago congelado / NASA
Curso de rio em planalto marciano. / NASA


Depressão entre geleiras, com vale de um rio / NASA
Parte de uma geleira. Ainda em estudo.  / NASA
Fragmento de uma encosta e  de um oceano. / NASA
Movimentação de um rio em declive /NASA
Vista de um alto mostrando um vale com detalhes de um mar / NASA
Encosta com praias de um mar ferruginoso /  NASA
Curso de um rio / NASA


"Esplanada", com possíveis edificações à esquerda.  Imagem em estudo. / NASA
Possíveis  edificações em série, em uma área rochosa . Imagem em estudo. / NASA
Imagem de  uma possível  "FIGURA HUMANA".  Ainda em estudo.  /  NASA


      Informação aos nossos Amigos Visitantes:  existem no portal da NASA centenas de imagens captadas pelo Curiosity.   Lamentavelmente nosso espaço é exíguo.



     A NASA nos informa que é esperado ao longo da permanência do Curiosity, novos e surpreendentes dados e novas revelações de suas descobertas.

...................................................................................................................................................................


Face à extensão das informações sobre SONDAS ESPACIAIS, iremos editar uma nova postagem em sequência às anteriores.

Ela será editada como "FOTÓGRAFOS" DO UNIVERSO. =  Sondas Espaciais =
(Parte 4).

Esperamos pela sua compressão, na medida em que não podemos nos furtar aos mais completos dados a que nos propusemos ao criar e manter esse nosso (de Vocês) Blog sobre Astronomia .

Gratos. 

Um comentário:

  1. A expressão de pavor e ao mesmo empo de êxtase do Gagarin, e a expressão de ódio como quem disse "puta que os pariu". Essas expressões dizem tudo, mais que 3000 palavras.
    Quando tudo isso ocorreu, eu ainda não havia nascido.
    Maravilhosos são Vocês por nos resgatarem.
    Antonio José de Alencar, Crato , CE

    ResponderExcluir