AOS NOSSOS VISITANTES

Este Blog foi criado para todos aqueles Amigos que tem uma de suas paixões voltadas para a Astronomia e seus correlatos: Astrofísica, Astronáutica. Agradecemos a todos os que nos visitarem e nos brindarem com seus comentários e sugestões.
Sejam bem-vindos.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013






"FOTÓGRAFOS"  DO UNIVERSO.
= Parte 4=


AS SONDAS ESPACIAIS.
     Caros Visitantes, atendendo às muitas solicitações de Vocês,  (MAIS DO QUE CERTAS)  iniciamos esta série de postagens que Vocês rotularam de "Fotógrafos do Universo".  Assim, demos início  com os TELESCÓPIOS TERRESTRES (postagem de  04 setembro), seguimos com os TELESCÓPIOS ESPACIAIS (e aí uma justa postagem sobre o Hubble (postagem de 06 de setembro)  e continuamos, como não poderia de ser sobre as SONDAS ESPACIAIS (postagem de 12 de setembro).  
     Como informamos, e pedimos nossas desculpas, o espaço para tantos "fotógrafos" (as Sondas Espaciais) tivemos a necessidade de dividir essas importantíssimas informações em outras postagens: Parte 1, Parte 2, Parte 3. (12 de setembro)

      Esta é QUARTA. 
     
      Nesta postagem  Iremos abranger VÊNUS e JÚPITER. 
      
      SATURNO, URANO, NETUNO e PLUTÃO, pela ordem no Sistema Solar, e pesquisas da NASA, serão nossas próximas postagens.    

       Para uma visão mais abrangente, Vocês devem buscar na coluna da direita  deste Blog as postagens anteriores sobre a Missão Lua e a Missão Marte.

 
       Nesta quarta postagem vamos apreciar e estudar as  Missões das Sondas Espaciais para VÊNUS e  JÚPITER.

       Vamos em frente?
   
 Missão Vênus.

      Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar.
         Encontra-se há 108 milhões de quilômetros do Sol. O planeta Vênus caracteriza-se por um movimento de rotação em seu eixo (30 dias) no sentido oposto ao Sol e à todos demais planetas. Possui altas temperaturas em sua superfície e é envolto por  nuvens de dióxido de carbono. A uma velocidade de 35 km por hora, Vênus leva  285 dias para dar uma volta completa ao Sol. (movimento de translação)
          Por essas características diferenciadas (as quais serão detalhas na postagem futura deste planeta e dos demais do Sistema Solar) a comunidade científica voltou sua atenção, e a NASA iniciou o seu Projeto Vênus  com a Sonda Vênus Express.


VÊNUS EXPRESS


       Foi  a primeira missão da Agência Espacial Europeia (ESA) ao planeta Vénus. A Missão foi proposta em 2001 como forma de reutilização do desenho da Mars Express. Contudo, algumas características da Missão levaram a mudanças no desenho, principalmente em áreas de controlo termal, comunicações e eletricidade. A missão Venus Express também utilizou instrumentos desenvolvidos para a missão da sonda Rosetta. O objetivos da missão era a de  fazer observações globais da atmosfera venusiana, das características da superfície e da integração do ambiente do planeta com o vento solar.
      A Vênus Express foi lançada no dia 9 de novembro de 2005 pelo foguete Soyuz e entrou em órbita de Vénus no dia 11 de abril de 2006, depois de aproximadamente 150 dias de viagem.


Sonda Vênus Express.
      
     Pelo Projeto, a chamada órbita ao planeta estabelecia  uma elipse em torno de Vénus cujo apocentro se encontrava a 330 000 quilómetros e o pericentro a menos de 400 quilómetros. Menos de um mês depois da inserção em órbita, e depois de voar dezasseis vezes em torno de Vénus, a nave espacial chegou à sua órbita operacional final a 7 de Maio de 2006.

.     Esperava-se que a nave Vênus Express pudesse fornecer uma contribuição significativa para a compreensão da estrutura da atmosfera venusiana e também para que se pudesse entender as mudanças que  fizeram o planeta evoluir para o estado atual, caracterizado por um intenso efeito estufa. Esse conhecimento poderia   contribuir para o estudo das mudanças climáticas na Terra.  Em setembro de 2010 foram divulgadas imagens que mostram a existência de vórtices próximo ao polo sul de Vênus, semelhantes aos que se observam em Saturno. 

      A Venus Express também foi utilizada para tentar detectar sinais de vida em Vênus. Nas imagens feitas pelas câmeras da espaçonave, o planeta ocupava uma área menor do que um pixel, uma situação parecida com o que se espera observar nas imagens de exoplanetas semelhantes à Terra. Essas observações serão  então utilizadas para desenvolver métodos que possibilitem detectar planetas habitáveis em torno de outras estrelas.


  VENERA (Programa russo)
Venera 13 com módulo de pouso à esquerda.



      O Programa Vênera foi uma série de sondas espaciais desenvolvidas pelo programa espacial soviético, para a coleta de informações do planeta Vênus. Eram lançadas em pares, com uma segunda sonda sendo lançada uma ou duas semanas após o lançamento da primeira. Os desenhos e os equipamentos carregados pelas sondas da série variaram ao longo dos anos, sendo gradualmente aperfeiçoados para resistir às extremas condições da atmosfera e da superfície do planeta Vênus.
     
      O Programa Vênera se estendeu de 1961 até 1983. Existe um novo projeto russo, chamado Venera-D, que pretende explorar o planeta por radar e também localizar lugares para próximos pousos sobre a superfície. O projeto tem seu lançamento previsto para 2016.

      Mesmo sendo pouco divulgadas, as missões Venera foram pioneiras em vários aspectos:
== Primeiro artefato humano a pousar suavemente em outro planeta e conseguir transmitir informações durante certo tempo.
== Primeiras máquinas criadas pelo homem a entrar na atmosfera de outro planeta.
== Foi a primeira a fotografar e enviar à Terra imagens de outro planeta.
== A primeira e a realizar o mapeamento em radar da superfície de um planeta.
As condições extremas de Vênus -- temperaturas diárias de mais de 450 graus e uma pressão atmosférica 90 vezes maior do que a da Terra e tempestades de ácido sulfúrico --  fizeram com que estas sondas não sobrevivessem por muito tempo. As 8 primeiras sondas foram desenhadas para pousar no planeta, enquanto as 8 sondas posteriores foram desenhadas de modo diferente, sendo compostas de uma sonda orbital e de uma sonda projetada para pousar no planeta e resistir por um mínimo de 30 minutos na superfície do planeta antes de ser decomposta.

      A Venera 1 e a Venera 2 perderam contato com a Terra antes de chegar a Vênus. A Venera 3 alcançou o planeta em 1 de março de 1965, mantendo contínuo contato radiofônico com a Terra, mas este contato foi perdido logo antes da entrada da sonda na atmosfera do planeta.

       A Venera 4 alcançou Vênus em 18 de outubro de 1967, tornando-se a primeira sonda a entrar na atmosfera e enviar dados à Terra. A Venera 4 também realizou a primeira comunicação radiofônica sonda-Terra.Também carregavam medalhões comemorativos com as insígnias soviéticas e o baixo-relevo de Lênin. A Venera 5 lançou o seu módulo de pouso no lado escuro de Vênus em 16 de maio de 1969, e a A Venera 6 o fez no dia seguinte.

     A Venera 7  foi a primeira sonda desenhada para resistir às extremas condições do planeta Vênus e a realizar um pouso controlado no planeta. Alcançou Vênus em 15 de dezembro de 1970 e pousou no planeta no mesmo dia. Enviou informações à Terra por 23 minutos antes de ser decomposta pelo calor e pela pressão do planeta. O radar da Venera 7 detectou ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Foi o primeiro artefato humano a pousar suavemente em outro planeta e conseguir transmitir informações durante certo tempo. A Venera 8 pousou em Vênus em 6 de dezembro de 1970, sobrevivendo por 50 minutos.

Imagem de Vênus pela Sonda Venera 8.

Venera 12. Alcançou o planeta em 21 de dezembro de 1978, sobrevivendo por 110 minutos. Sua irmã, a Venera 11, pousou no planeta 4 dias depois, sobrevivendo por 95 minutos, mas seus sistemas de imagens (fotografia, radar) não operaram.

    Venera 13. Enviou à Terra as primeiras imagens coloridas da superfície de Vênus, em 1 de março de 1982, sobrevivendo por 127 minutos, à temperatura de 456 graus centígrados e à pressão de 89 atmosferas. 
Imagem de Vênus obtida pela sonda russa 13.
 Sua co-irmã, Venera 14 com 135 minutos de sobrevivência captou uma imagem do 
solo de Vênus, mais detalhadas que as sondas anteriores.
Imagem do solo de Vênus pela sonda russa Venera 14.


     Venera 15 e Venera 16.    Encerrando a série Venera, em 1983 foram lançadas duas naves destinadas a mapear Vênus com o emprego de um sistema de radar, sem pouso portanto: a Venera 15, lançada em 2 de junho de 1983, e a Venera 16, lançada em 7 de junho de 1983. As partes orbitais da Venera 15 e a Venera 16 realizaram missões de mapeamento da superfície do planeta em 10 e 14 de outubro de 1983.

     As naves Venera 15 e 16 eram idênticas e aproveitaram a nave base (módulo orbitador) das Venera 9 a 14, ligeiramente modificadas.



Missão JÚPITER.


Júpiter é o quinto planeta em distância no Sistema Solar.  Encontra-se em uma distância média em 779 milhões do sol.  Possui uma superfície rochosa, recoberta de espessa camada de gelo, bem como regiões áridas.

    
      O planeta Júpiter será melhor analisado, quando da postagem futura sobre o Sistema Solar. 

       Sua exploração foi e tem sido palco de diversas Missões,  pois que o campo magnético do planeta é considerado como um "ïmpulsionador"  de trajetória para  futuras sondas interplanetárias.


     PROJETO PIONEER.

      As primeiras sondas a orbitarem o planeta Júpiter  foI  a PIONNER 1 e a PIONNER 2.  O objetivo das duas sondas iniciais foi o conseguir uma "rota" capaz de passar incólume pelo Cinturão de Asteróides e Planetas Anões que se encontram entre Marte e Júpiter.   Aberto esse "caminho", novas sondas do Projeto foram lançadas, culminando com as sondas Pionner 10 e Pionner 11.


Lançamento da \Pionner 11

       A Pioneer 10 obteve as primeiras imagens detalhadas de Júpiter e suas luas;
Júpiter e seus satélites. Imagem Pioner 10 / NASA
 ela estudou a atmosfera do planeta, detectou seu campo magnético, observou seu cinturão de radiação e determinou que Júpiter é composto por fluidos principalmente.        A Pioneer 11 fez sua aproximação máxima, a 34 000 km das nuvens superiores de Júpiter, em 4 de dezembro de 1974. Ela obteve imagens da Grande Mancha Vermelha, fez as primeiras observações da região polar de Júpiter, e determinou a massa de Calisto, um dos satélites Júpiter.
  A informação recolhida por essas duas sondas ajudou astrônomos e engenheiros a melhorarem o design de futuras sondas, em novos Projetos.


      PROJETO VOYAGER.



     


     Quando a Voyager 1 terminou sua missão em Júpiter no início de abril de 1982, ela havia tirado mais de 18.000 fotografias. As imagens superaram as melhores já tiradas , e revelaram um planeta claramente listrado.
Júpiter em imagem captada pela Voyager 1 / NASA

     Os astrônomos estudaram Júpiter a partir da Terra pelas sondas Voyager  e ficaram surpresos com muitas das descobertas dessas sondas.
Imagem de fortes ventos sobre a superfície de Júpiter

     As imagens e dados enviados pela Voyager 1 forneceram informações físicas, geológicas e atmosféricas importantes de Júpiter . E de forma ainda mais surpreendente. 


ÚLTIMAS INFORMAÇÕES SOBRE A VOYAGER 1



     Lançada há 37 anos, Voyager 1 já alcançou o espaço interestelar  e se encontra  há 22 bilhões de quilômetros do Sol. A Voyager 1 torna-se primeiro artefato a sair do Sistema Solar. 

      A agência espacial americana (Nasa) anunciou na quinta-feira, 12 de setembro de 2013,  que a sonda Voyager 1 se tornou o primeiro artefato humano a sair do Sistema Solar.   “A humanidade deu um passo histórico. Abriu-se uma nova era na exploração espacial”, afirmou Ed Stone, responsável científico pela missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Pasadena). No anúncio, também foram divulgados os primeiros registros sonoros do espaço interestelar. 

     Na prática, a Nasa confirmou os cálculos publicados pela revista Science, que apontam que a sonda entrou no espaço interestelar em agosto de 2012.   Desde 2004, a Voyager 1 explora uma região da bolha que envolve o Sistema Solar, onde os ventos solares se aquecem e experimentam uma grande desaceleração. No ano passado, os cientistas americanos já observavam que ela se comportava como se estivesse em plena travessia da fronteira. A dúvida era sobre quando se romperia a barreira – alguns diziam que isso poderia acontecer só em 2025.

      Dois estudos deste ano causaram polêmica ao afirmar que a barreira já havia sido rompida. A Nasa repudiou os cálculos, incluindo os da Universidade de Maryland, que considerou inconclusivos. Nesses casos, os astrônomos destacavam diminuição das partículas emanadas do Sistema Solar e um crescimento da irradiação galáctica.

      Agora, os cientistas da Universidade de Iowa mostraram que a densidade do plasma em torno da nave era comparável às densidades que se encontram na região interestelar. “Saltamos das nossas cadeiras quando constatamos as oscilações nos nossos dados, pois elas mostravam que a nave se encontrava em uma região totalmente nova. Ela atravessou claramente a heliopausa, a região fronteiriça”, afirmou o pesquisador Don Gurnett. 

       Para John Grunsfeld, chefe de missões científicas da Nasa, “a Voyager 1 se aventurou além de onde qualquer sonda chegou, marcando um dos sucessos tecnológicos mais significativos da história da ciência”. Uma questão que ainda intriga os pesquisadores, porém, é por que não houve alterações no sentido do campo magnético em volta do artefato. 
        Ao ser indagado sobre o que virá agora, Ed Stone, responsável científico pela missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Pasadena)  cita que “o Programa  Voyager nos ensinou a nos preparar para sermos surpreendidos”. As sondas 1 e 2 monitoraram Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além de 48 das suas luas. Já revelaram a atmosfera profunda e nebulosa de Titã, os vulcões de Io, o campo incomum magnético de Urano e os gêiseres de Tritão, além do mundo gelado que orbita Netuno, naquela que é considerada a missão mais bem-sucedida da história espacial. 

      O programa foi feito inicialmente pela Nasa somente para ser uma missão de captura de imagens de Júpiter e Saturno de quatro anos e segue ativo há 36.                   Apesar de ter sido lançada 16 dias após a irmã gêmea, a Voyager 1 está quase 3 bilhões de quilômetros mais distante do que a Voyager 2 – que, em 13 de agosto de 2012, se tornou a espaçonave mais antiga em atividade. Mesmo a Voyager 2 deve atravessar a fronteira do Sistema Solar em três anos. “E nada vai deter as Voyagers, que continuarão sua jornada.    A humanidade deu um passo histórico. Abriu-se uma nova era na exploração espacial', afirmou Ed Stone, responsável científico pela Missão.



   
Formação de fortes ventos na superfície do planeta.
     
      As imagens e dados enviados pela Voyager 1 forneceram informações físicas, geológicas e atmosféricas importantes. Também documentaram   de forma ainda mais surpreendente os satélites do planeta.  Em uma deles,  a sonda detectou que  
O satélite IO e suas atividaes vulcânicas. Imagem Voyager 1 /  NASA
Io possui grande atividade vulcânica.  

      Além do satélite Io, a Voyager 1 obteve imagens até então "sui generis" de outros satélites do planeta, as quais foram melhor definidas pela próxima sonda GALILEU.

    A Voyager 1 carrega em seu exterior uma placa, uma espécie de 
Placa em ouro fixa na parte externa da Voyager 1 / /NASA
disco"  contendo informações visuais, auditivas (sons da natureza terrestre: ruídos dos oceanos, cantos de aves, e mensagens em vozes humanas).  Trata-se de informações mais avançadas do que aquelas contidas nas placas da Pioneer 10 e 11.





      PROJETO ULYSSES.


     Lançada 5 anos antes, a sonda Uysses passou em 8 de fevereiro de 1992 pelo polo norte de Júpiter a uma distância de 451 000 km.28    Esse encontro foi uma manobra de gravidade assistida necessária para que a Ulysses obtivesse uma órbita altamente inclinada ao redor do Sol, aumentando sua inclinação com a eclíptica para 80,2°.   A órbita da sonda permaneceu com um afélio de cerca de 5 UA (a distância de Júpiter ao Sol), enquanto seu perélio ficou em cerca de 1 UA (a distância da Terra ao Sol).              Durante o encontro com Júpiter, a sonda fez medições na magnetosfera do planeta.
      Como a sonda não tinha câmera, nenhuma imagem foi tirada. Em fevereiro de 2004, a Ulysses sobrevoou Júpiter mais uma vez, porém a uma distância muito maior—cerca de 240 milhões de km, realizando observações de longe.


PROJETO GALILEU.

      Por enquanto, a única sonda espacial que orbitou Júpiter foi  a Galileu, que entrou na órbita de Júpiter em 7 de dezembro de 1995. 
      Ela orbitou o planeta por mais sete anos, fazendo 35 órbitas até ser destruída durante um impacto  com Júpiter em 21 de setembro de 2003.
      Durante esse período ela recolheu muitas informações sobre o sistema jupiteriano, incluindo vários sobrevoos por todas as luas do planeta , emboras a quantidade de informações não foi tão grande quanto esperada devido a uma falha na antena de transmissão.
     A câmeras da sonda Galileu também observou o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994. Sendo esse o fenômeno mais observado em toda a história da astronomia.  
    
     Essas câmeras observaram fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 entre 16 de julho e 22 de julho de 1994 enquanto eles colidiam com Júpiter a uma velocidade de aproximadamente 60 km/s.
  / /Sequência de imagens registradas pela Galileu da aproximação e choque do cometa Shoemaker-Levy 9 contra a superfície do planeta Júpiter/ NASA
Essa foi a primeira observação direta de uma colisão extraterrestre no Sistema Solar. O impacto ocorreu no lado de Júpiter não visível da Terra no momento, e a Galileu, que estava a 1,6 UA do planeta, pôde ver os impactos.


/ /Sequência de imagens registradas pela Galileu  da aproximação e choque do cometa Shoemaker-Levy 9 contra a superfície do planeta Júpiter/ NASA


Seus instrumentos detectaram uma bola de fogo que alcançou uma temperatura de cerca de 24 000 K (por comparação, a temperatura típica de Júpiter é de 130 K), e a pluma da bola de fogo alcançou uma altura de mais de 3 000 km.
Imagem do cometa Shoemaker-Levy 9  momentos antes de atingir a superfície de Júpiter.  Imagem  captada pela sonda Galileu / NASA
      Depois do impacto e respectiva explosão houve uma profunda alteração na atmosfera do planeta.    
Região do impacto do cometa 
Shoemaker-Levy 9

       A Galileu liberou uma sonda atmosférica  em julho de 1995, entrando na atmosfera de Júpiter em 7 de dezembro de 1995. A sonda atravessou cerca de 150 km da atmosfera, coletando dados por 57,6 minutos, até ser destruída pela pressão e temperatura a que era submetida, cerca de 22 vezes a pressão da Terra, a uma temperatura de 153 °C.36    

        Com o orbitador Galileu aconteceu algo parecido, porém mais rápido, quando ele foi intencionalmente comandado para colidir com o planeta em 21 de setembro de 2003 a uma velocidade de mais de 50 km/s,31 com o objetivo de evitar qualquer possibilidade de colisão com as luas de Júpiter, o que as contaminaria.

    Enquanto em atividade foram importantíssimas  as observações e registros.  Os principais resultados científicos da missão Galileu incluem:
  ** == a primeira observação de nuvens de amônia em atmosferas extraterrestres—a atmosfera cria partículas de gelo de amônia a partir de material vindo de profundidades menores;
** == confirmação de atividade vulcânica extensiva em Io—que é 100 vezes maior que na Terra; o calor e frequência de erupções são parecidos com a Terra primitiva;
observação de interações complexas de plasma em Io que cria correntes elétricas imensas;
Satélite IO com uma das muitas atividades vulcânicas. Imagem captada pela sonda Galileu / NASA
** ==  evidências que suportam a teoria de um oceano líquida em Europa;
Satélite Europa. Imagem captada pela sona Galileu / NASA
primeira detecção de um campo magnético significativo em volta de um satélite (Ganimedes);
Satélite Ganimedes. Imagem captada pela sonda Galileu / NASA
** ==  evidências que Europa, Ganimedes e Calisto têm uma camada de água salgada líquida embaixo da superfície;
Satélite Calisto. Imagem captada pela sonda Galileu / NASA

** ==  identificação da estrutura e dinâmica global da magnetosfera de Júpiter.
Atmosfera e magnestofera de JÚPITER.  Imagem captada pela sonda Galileu / NASA
** ==  identificação dos anéis de Júpiter,  formados por asteróides que aderiram à gravidade do planeta.

Anéis de Júpiter. Imagem captada pela sonda Galileu / NASA





PRÓXIMA POSTAGEM:
Missão SATURNO, URANO, NETUNO e PLUTÃO.



2 comentários:

  1. Estou profundamente encantado com o novo visual (template) deste nosso Blog. A meu ver a imagem sugere nosos dois Universos. UM: o microcosmo em nosso interior; OUTRO: o macrocosmo com suas galáxias, nebulosas, estrelas. Acertei? O que me vem à mente, diante de tão bela imagem que serve de "pano de fundo" deste MARAVILHOSO Blog.
    A propósito, parabéns por esta série de postagem sobre as SONDAS ESPACIAIS. Quanto encantamento! Quanta aprendizagem!

    Marco Aurélio de Freitas, Aquidauana, MS

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  2. Agora, e
    depois dessa informação da NASA sobre a ultrapassagem do nosso Sistema Solar, o que podemos esperar de nossas queridas sondas? O QUE?... O QUE?....

    Mário Alexandrino - (Braz) Sampa-SP

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