AOS NOSSOS VISITANTES

Este Blog foi criado para todos aqueles Amigos que tem uma de suas paixões voltadas para a Astronomia e seus correlatos: Astrofísica, Astronáutica. Agradecemos a todos os que nos visitarem e nos brindarem com seus comentários e sugestões.
Sejam bem-vindos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

ESTRELAS: 
O TAPETE DO UNIVERSO.

Fragmento de imagem das mais de 2 trilhões de estrelas na Via Lactea (imagem Hubble/NASA)

     Estrela é um corpo contido no espaço com luminosidade própria, advinda de sua energia interna em reações nucleares, e que são formadas nas Nebulosas a partir de nuvens gases e poeiras cósmicas como pudemos observar na postagem sobre NEBULOSAS.  
Nebulosa de Órion, geradora de supernovas (Imagem Hubble)
     

           Apesar da imensidão de seus tamanhos, ainda que variáveis, como veremos a seguir, as estrelas são visíveis no "céu" como pequenos pontos, devido às enormes distâncias que as separam do ponto de observação;  no nosso caso a Terra, nosso referencial.


      Os trilhões de estrelas existentes no Universo frequentemente se  distribuem em isoladas, em pares ou em sistemas múltiplos.    Em decorrência das distâncias em muitos milhões de ano-luz, trilhões  de estrelas são "aglutinadas"  nos chamados aglomerados.  
Conglomerado de estrela, imagem Hubble, 1995 (NASA)
    
      
       Com o advento das novas captações de imagens, sejam realizadas por telescópios espacias (Hubble), Adicionar legenda
Imagem do telescópio espacial Hubble, captada pela nave Columbia. (NASA)
 sejam por moderníssimos telescópios situados em regiões especiais onde os efeitos da atmosfera são absolutamente controlados  (telescópio de Acatama~Chile)
Grupo de telescópios no deserto de Acatama, Chile.
as estrelas (mesmos naqueles chamados
aglomerados estão cada vez mais próximas de nós, seus admirados observadores.



Histórico.
      história da observação estelar começou com a aparição do homem na Terra.
         
         Há  mais de 4 milhões de anos atrás, o nosso ancestral Astrololopithecus , segundo os antropólogos, então  existente no hemisfério sul, vivia em cavernas, era nômade e absolutamente rudimentar em conhecimentos.  Concebamos um ser desta espécie ao sair do seu habitat para a caça e a pesca e se defrontar com um plano acima de sua cabeça forrado de pontos excessivamente luminosos.  Rudimentar em seus conhecimentos  poderia  conceber que algo alheio poderia cair sobre sua cabeça, achatá-lo, destruí-lo.    Passou, então, de forma rudimentar a adorá-lo.  Ora, segundo sua visão limitada, nada poderia ter  "aquelas coisas  sobre sua cabeça  senão  alguém  SUPERIOR a ele, pois que se encontrava sobre ele e sobre todos os que com ele conviviam.   Passou então, por medo, a respeitá-las a adorará-las. 
  
        O Homem, por necessidade,  evoluiu,  e tudo que existia em volta dele, e acima dele, passou a ter uma necessária nova concepção.

         


         Os sacerdotes Sumérios, então tidos como os conhecedores da vida (ainda que em lampejos, isso em  4.000 anos antes de Cristo),   passaram, em decorrência da religião temerosa, a preconizar aos seus ignorantes fiéis  que aquela "coisa" poderia lhes cair sobre a cabeça, e  passaram a dedicar suas vidas a observar o firmamento.  Nomes de constelações usadas atualmente, como Leão, Touro, Virgem, Escorpião, etc., já constavam de seus códigos de observação, ainda que rudimentares. (Como exemplo, citamos a famosa Estrela do Oriente -- Venus, usada erroneamente na época como estrela --  que serviu como lenda da estrela que guiou os Reis Magos ao estábulo onde nascia Jesus).

         Os povos antigos realizaram anotações baseadas na observação direta da abóboda espacial.  O manuscrito chinês Tunhuang  ( 6.000 antes de Cristo) contém o primeiro mapa estelar conhecido, o qual agrupa as estrelas em constelações.
        O astrônomo alexandrino Claudio Ptolomeu registrou no catálogo Almagesto, datado de de 200 anos depois de Cristo, a existência de 1.022 estrelas distribuídas em 48 constelações.


 A utilização do telescópio iniciada no  século XVII
por Galileu Galilei, criou novas possibilidades e observações sistemáticas das estrelas, apesar da rigidez ignorante da Igreja.


Com os sistemas de espelhos computadorizados e o envio de sondas e satélites ao espaço (veja o nosso Hubble) tornaram-se  mais precisas as observações  e registros das estrelas que constituem o belo e infinito  tapete do Universo.



Magnitude.
 A magnitude aparente de uma estrela (astro) é o que lhe corresponde numa escala em que  a magnitude é relacionada com o brilho.  A ordem das magnitudes é numericamente invertida, isto é, a primeira seaplica às estrelas mais brilhantes, enquanto as de número mais alto cabem às estrelas de menos brilho que, segundo a escala inicialmente adotada, seriam de sexta magnitude.
     O Sol, tido como uma estrela de quinta grandeza, tem uma magnitude de 4,27.   A estrela Sirius apresenta uma anotação de de -1,60
, Canopus de -0,9 e Antares -1,2.

ESTRELAS MAIS PRÓXIMAS DO SOL

Nome                                                        Distância (em Anos-Luz)


Alfa do Centauro.........................................        4,3
Barnard  .....................................................        5,9
Wolf 359 .....................................................        7,6
Lalande 21185  ...........................................        8,1
Sírius  ..........................................................       8,6
Luyten 726-8  ..............................................       8,9
Ross 154 ....................................................       9,4
Ross 248  ...................................................     10,3
Épisilon do Eridrano  ..................................     10,7
Luyten 789-6  .............................................     10,8
Ross 128  ..................................................      10,8
61 Cygni  ....................................................      11,2
Épisilon do Índio  ........................................      11,2
Procyon  .....................................................      11,4


UMA DAS ESTRELAS MAIS DISTANTES DO SOL  é a HP 54087, que se encontra

Composição e evolução.

 Segundo critérios estabelecidos a partir de observações de espectros estelares, convencionou-se considerar duas partes fundamentais na estrutura das estrelas;  a atmosfera e seu núcleo ou interior.  A atmosfera se compões de elementos leves, principalmente hidrogênio.  O núcleo é a parte onde se produz a energia interna da estrela, por meio de reações nucleares.  Estas dependem principalmente da temperatura da estrela, por meio de reações nucleares  do tipo próton-próton que consistem na transformações de hidrogênio em hélio.


  A formação das estrelas  a partir dos gases e partículas galácticas dispersas no Universo dá-se por meio de um mecanismo bem conhecido.
Poeira cósmica constituída de gases e partículas galácticas.
 A matéria interestelar, concentrada pela ação da gravidade leva à formação de corpos espaciais que depois de acumulada uma quantidade suficiente de massa dão origem proto-estrelas.  A estrela jovem ou Proto-Estrela inicia seu ciclo de vida com a compressão da massa gasosa pela ação de forças gravitacionais.   O aumento de pressão produz aquecimento gradual até que o núcleo da estrela atinja a temperatura necessária para desencadear as reações nucleares.   Transforma-se então num gigante reator termonuclear, que adquire luminosidade própria graças à enorme quantidade de energia desprendida nessas reações.


        Ao alcançar a plenitude, interrompe-se a fase de compressão e a estrela  atinge um estado de equilíbrio estacionário, no qual sua fonte de energia é a fusão nuclear.  Nessa fase, iniciam-se reações em cadeia nas quais 4 átomos de hidrogênio se unem para formar 1 átomo de hélio, concentrado no núcleo da estrela.   Essa etapa, característica do estado atual do Sol  e de outros corpos semelhantes, é denominada sequencia principal, a partir da qual esses corpos seguem  trajetórias evolutivas distintas, de acordo com suas massas.



As Gigantes Vermelhas, as Supergigantes, as Anãs, e os Buracos Negros.


 Ao esgotar-se o hidrogênio em seu interior, substituÍdo pelo hélio, a estrela abandona a sequencia principal.  As reações nucleares que envolvem átomos de hélio requerem temperaturas mais elevadas, atingidas mediante um novo processo de contração gravitacional do núcleo.   Consequentemente, a energia volta-se para dentro, o resulta em redução do brilho.   Com o efeito contrário à contração e aquecimento do núcleo, a atmosfera estelar expande-se e resfria-se até uma temperatura inferior à metade da correspondente anterior.  Assim, o raio da estrela pode multiplicar-se de cem a mil vezes, motivo pelo qual ela á considerada, nessa fase, como GIGANTE VERMELHA.
GIGANTE VERMELHA Alpha Orionis, na Constelação de Órion.

      
Uma GIGANTE VERMELHA reajusta continuamente seu tamanho e temperatura superficial a fim de manter o equilíbrio de força necessária a sua estabilidade.   Quando seu núcleo está suficiente quente, inicia-se novo ciclo de reações nucleares, que tem o hélio como combustível e resultam na formação de átomos de carbono e  ferro. De modo geral as GIGANTES VERMELHAS e as SUPERGIGANTES  possuem massa inferior à das estrelas de sequência principal e disso decorre sua mínima densidade.  A GIGANTE VERMELHA da imagem acima tem 1.000 vezes o diâmetro do Sol e brilho 100 mil vezes maior.  Seus raios se chocarão com a superfície terrestre daqui a 12.500 anos. A captação da imagem é do Observatório  Espacial Herschel da ESA. (fonte: G.1 globo.com)

O destino de uma estrela após a etapa de gigantismo depende da massa que lhe resta depois dessa atividade nuclear, de sua velocidade e da eventual presença de outras estrelas gravitacionalmente ligadas a ela, formando AGLOMERADOS, ou SISTEMAS MÚLTIPLOS..  
Aglomerado de estrelas.  Imagem Hubble, 2010 (Nasa)

   Embora haja divergência a respeito, é comumente aceito que ao final de um ciclo de vida, toda estrela pode transformar-se em uma ANÃ BRANCA,   em estrela de neutrons ou em BURACO NEGRO.
Imagem de uma Estekle Anã (Hubble, 1911 (Nasa)

As ANÃS BRANCAS estrelas que têm o  tamanho equivalente ao da Terra, e que antes eram  de 1 milhão  a 100 milhões o seu  tamanho, originam-se de ESTRELAS GIGANTES  que depois de esgotarem se combustível nuclear, conservaram um pequeno núcleo que se consome lentamente.  

   O Sol, atualmente em fase de sequencia principal, transformar-se-á em GIGANTE VERMELHA, que "engolirá" todo o sistema solar antes de esgotar seu ciclo de vida. Sua permanência na fase em que se encontra é, segundo cálculos científicos, de alguns 10 bilhões de anos.


Os BURACOS NEGROS provém de massas estelares residuais após a explosão  de uma GIGANTE VERMELHA.  


Buraco Negro, imagem Hubble.


Buraco Negro, imagem Hubble.
 Embora recentemente descobertos, acredita-se  que o comportamento desses corpos se explica a partir de uma colapso gravitacional  total, que reduz o raio da estrela a alguns centímetros.    Nos BURACOS NEGROS , a concentração da massa é de tal ordem que nenhum corpo, nem mesmo a luz, consegue escapar à atração da gravidade que se gera.


Imagem de um Buraco Negro, (2.000 anos-luz ~Imagem \Hubble)

Atendendo aos Visitantes que nos 

"exigem" uma postagem sobre 

nossos "colaboradores"  Hubble, 

telescópios de Acatama (Chile), 

Palo Alto (USA), etc.  assim o 

faremos.  É uma postagem EXTRA

mas muito importante e merecida.

    

sábado, 24 de agosto de 2013

GALÁXIAS: AS VESTIMENTAS DO UNIVERSO.


sábado, 24 de agosto de 2013


GALÁXIAS:  
AS VESTIMENTAS DO UNIVERSO.

      Segundo a mitologia grega a Via Lactea, a galáxia a quem pertence o nosso Sistema Sola, originou-se quando Hércules apertou com força o peito da mãe, Juno, enquanto o amamentava.
         Os seguidores de Pitágoras acreditavam-na constituída de fogo, enquanto escolas hindus e chinesas a consideravam um antigo caminho do Sol, cuja marcha permanecia  ligada a um sistema sem-fim de pegadas ardentes,   A partir desta análise,  puramente metafísica, é evidente deduzir-se que aqueles pensadores hindus e chineses já posuiam uma concepção do \universo notoriamente mais racional que os criadores ds textos bíblicos,  durante o exílio da Babilônia, inventaram a "origem" do que lhes determinavam o medo e a necessidade da sobrevivência  à um tempo onde a razão era a força ilógica.

     
        As denominadas GALÁXIAS são formadas, segundo William Herschel (cientista britânico de origem alemã)
por uma "infinidade de estrelas e situadas a enormes distâncias da então conhecida (a quem pertencemos ) como Via Lactea.  Esses "universos-ilhas",  como batizou Herschel, puderam ser melhor observadas mais detalhadamente por meio do espectroscópio, inventado na década de 1860.  Por meio deste instrumento foi possível detectar  que as galáxias constituem de e partículas ultramicroscópicas de gases energeticamente excitados, que por isso podem abrigar nuvens de intensa luminescência, as NEBULOSAS, as quais são geradoras de estrelas.  (Veja postagem anterior sobre as NEBULOSAS.

CARACTERÍSTICAS  DAS GALÁXIAS.

    O movimento das galáxias é semelhante ao ao movimento dos planetas no interior do Sistema Solar, ainda que muito  mais complexo, dada a diferença de massas e dimensões. 
      São constituídas por um núcleo em forma de "lente", onde há uma elevadíssima população estelar, e um halo , região de concentração de estrelas mais externas.

       Essa região é geralmente mais "difusa".  A gigantesca quantidade  de estrelas interpostas entre o  núcleo e o  halo atua como uma verdadeira tela impenetrável para instrumentos de observações mais agudos como o Hubble,  ou o telescópio de Acatama no Chile, ou o telescópio situado no Havaí.  Entretanto estima-se que a menor das galáxias possa ter uns 200 mil ano-luz de diâmetro, ou seja 200.000 vezes 9 bilhões e 500 milhões de quilômetros!




CLASSIFICAÇÃO DAS GALÁXIAS.

    O astrônomo americano Edwin Powell Hubble
estabeleceu uma nomenclatura para os diversos tipos de galáxias. Segundo seu aspecto externo e sua geometria aparente, as galáxias podem ser classificadas em três tipos principais, como veremos a seguir.    

1.  Galáxias elípticas ou circulares, as quais são designadas (a partir da nomenclatura de Hubble) pela letra E e um número compreendido entre zero e sete, com o qual é expressa a excentricidade da elípse, isto é, a diferença relativa entre seu raio maior ou menor.


2.  Galáxias espirais,  Geralmente com um núcleo central de ondem partem as lâminas da hélice da espiral.  Se são normais, distinguem-se com a letra  S enquanto a designação Sb se emprega quando seu núcleo possui a forma de uma barra, o que ocorre com galáxias menos desenvolvidas.  Essa nomenclatura segue-se das letras ab, ou c, que indicam a abertura das esperais.
 A Via Lactea é uma galáxia tipo Sa.
Outras galáxias espirais.
2.  Galáxias  irregulares.   Essa galáxias são classificadas como  
Irr.  Sua classificação morfológica ainda carece de maiores observações e análises pois se encontram a milhares ou centenas de milhares de anos-luz do Sol.  Sua nomenclatura, entretanto é cada vez mais específica, mediante as imagens captadas por telescópios como o de Acatama no Chile ou pelo telescópio espacial Hubble.
As duas imagens acima, captadas pelo telescópio espacial Hubble, é da galáxia irregular denominada SOMBRERO e encontra-se a 8.000 anos-luz, ou seja 8.000  vezes  9 bilhões e 500 milhões de quilômetros!

AGLOMERADOS DE GALÁXIAS.  
      
       As galáxias podem ser encontradas no Universo em grupos conhecidos com aglomerados de galáxias.  Sua distribuição espacial não decorre do acaso, mas de precisas interações gravitacionais.   A Via Lactea pertence ao Grupo Local,, um aglomerado de cerca de 18 galáxias, entre as quais se encontra da de Andrômeda, uma das conhecidas e admiradas há mais tempo por sua beleza e dimensões.  Nos aglomerados de galáxias registram-se RUÍDOS. Esses ruídos cósmicos permite supor a existências de infinidades de outros aglomerados.  Os cientistas estão convictos de nesses aglomerados existirem corpos de antimatéria, à maneira de uma espelho do Universo conhecido. (Veja postagem anterior sobre Matéria e Antimatéria.)




MOVIMENTOS DAS GALÁXIAS. 

    Instrumentos situados na Terra e no espaço detectaram radiações estranhasas quais melhor a profundamente analisadas estabeleceram serem oriundas de choques de galáxias. Esses choques foram observados nas constelações de Cisne, Centauro-A e abeleira de Berenice. 
    
     
     Esse fenômeno se interpreta como um deslocamento das galáxias em altíssima velocidade, que aumenta progressivamente até aproximar-se da velocidade da luz, umbral intransponível segundo a Teoria da Relatividade de Einstein.
    Esses movimentos expansivos das galáxias reforça a teoria do BIG BANG, a qual situa na origem dos tempos uma enorme explosão inicial de matéria cósmica( gases e poeiras) e energia, cuja desagregação teve como resultado o Universo. 

A

   AO TÉRMINO DESTA   POSTAGEM SOBRE GALÁXIAS,  QUEREMOS APRESENTAR UMA IMAGEM CAPTADA PELO HUBLLE   EM 15/06/2011.
A imagem mostra um fragmento de um total 150 bilhões de pixels.  É demais para ser contida nesta página.  A Galáxia Centauro Alfa  (ou NCG 5128) encontra-se a uma distância de 12 milhões de ano-luz.  O núcleo da galáxia contém um Buraco Negro.  A Galáxia é conhecida pela quantidade de matéria negra.
Imagem da Galáxia Centauro Alfa (ou NCG 5128) captada pelo Hubble em 15/6/2011. ~ Foto NASA/ESA~ Fonte g1.globo.com.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NEBULOSAS:  ESTAS MARAVILHOSAS "FÁBRICAS"  DE ESTRELAS.
Nebulosa Cabeça do Cavalo, localizada a 1.500 anos-luz da Terra.  Imagem capturada pelo Hubble em  19-04-2013
    Da explosão de uma supernova na constelação de Touro, observada em 1054, originou-se a nebulosa do Caranguejo. Corpo celeste azulado, cercado por uma rede de filamentos avermelhados e sinuosos.
Nebulosa do Caranguejo~foto Hubble.

     Nebulosa  é um corpo espacial gasoso e nevoento formado de uma concentração de gás e poeira estelar, ou uma combinação de ambos, que ocorre no espaço interestelar.  A designação se aplicou inicialmente  (quando dos primeiros telescópios)  a qualquer objeto de aparência difusa fora do sistema solar,   e que parecesse uma área luminosa ou escura, em contraste com as estrelas, cuja imagem é pontual.  Essa primeira definição, no entanto, adotada numa época em que os instrumentos não permitiam divisar com maior detalhamento objetos muito distantes, abrangeequivocadamente duas classes de objetos que não têm relação entre si: asnebulosas extragalácticas, atualmente denominadas GALÁXIAS, enormes conjuntos de estrelas e massas de gás,   e  as  de  NEBULOSAS GALÁCTICAS., massas muito menores de gás poeiras espaciais localizadas numa única galáxia. 
Nebulosas galáctias ~ foto Hubble

      Atualmente, os astrônomos usam a a palavra NEBULOSA somente ao segundo tipo (NEBULOSAS GALÁCTICAS)..

OBSERVAÇÃO DAS NEBULOSAS.

      Os astrônomos gregos Hiparco e Ptolomeu já registravam a existência de "nuvens de estrelas".,  Em 1610, dois anos após a invenção do telescópio por Galileio, a nebulosa de Órion, foi descoberta pelo francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc., porém foi fotografada pela primeira vez na década de l880.
Nebulosa de Órion ~foto Hubble

     
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS NEBULOSAS.


Em função de sua aparência, as nebulosas galácticas se dividem em duas classes principais: OBSCURAS  e  BRILHANTES.
As nebulosas obscuras parecem manchas negras no espaço.  Normalmente tem forma irregular, absorvem a luz das estrelas mais distantes e em seu interior se formam as estrelas denominadas Super Novas.
Nebulosa obscura.  Imagem captada pelo Hubble.

As nebulosas brilhantes emitem luz própria ou refletem  as estrelas mais próximas.
Nebulosa brilhante ~foto Hubble.
      Com base em sua origem e detalhes de sua aparência, as nebulosas brilhantes  se subdividem em difusasde reflexãoplanetárias e supernovas remanescentes.
Em geral,  de pouca luminosidade e forma irregular as nebulosas difusas emitem radiação que elas mesmas produzem.  Seu tamanho e sua massa podem variar muito e não há limite mínimo.  As maiores tem  cerca de 200 anos-luz e as menores cerca de 30 anos-luz.  A nebulosa de Órion é até hoje a mais estudada entre as difusas

       As nebulosas de reflexão recebem esse nome porque refletem a luz de uma estrela próxima.  Foram descobertas a partir de uma observação feita na constelação das Pleidas em 1912 e cerca de 60% de sua luminosidade se deve à reflexão.
Nebulosa da Águia ( de reflexão) ~foto Hubble
       O terceiro tipo  são as nebulosas planetárias, das quais se registram mais de 20.000 na Via Láctea.  Comparadas às difusas, são "pequenas",  com um diâmetro de 2 ano-luz.  Uma das maiores e mais "próximas" é a da Hélice, na constelação de Aquário.

       Finalmente, as supernovas remanescentes são nebulosas gasosas resultantes das camadas em expansão ejetadas por uma estrela supernova (espécie de explosão estelar).   Escassas na Via Lactea, são observadas em grande número em outras galáxias. 
Nebulosas remanescentes, extra galáxia ~fotos Hubble.